Sorte Revelada – fotografias em placa úmida de colódio

Abertura:
Sábado 06/05, das 10h às 17h
Demonstrações do processo às 11h, 13h, 14h30 e 16h

Visitação:
06 e 07 de maio – das 10 às 17h
13 a 27 de maio – sextas e sábados, das 11h às 16h
Demonstrações do processo todos os sábados às 15h

Outros horários:
agendar pelo email contato@imagineiro.com.br

Local:
Casa Ranzini
Rua Santa Luzia, 31 – Liberdade, São Paulo
Próximo às estações Liberdade e Sé do Metrô

Atividades integradas

Demonstração de fotogramas em placa úmida, com Simone Wicca (7/5, às 15h)

Dia de retratos em ambrótipo (07/05 e 20/05, das 10 às 17h):
Mini-ambrótipos (5 cm diâmetro.): R$120,00
Ferrótipos (metal): R$200
Ambrótipos (vidro): R$250

* Durante o Dia do Retrato há o limite de uma pessoa por foto. Crianças devem ser capazes de ficar paradas por pelo menos 5 segundos durante a exposição.

Palestras (contribuição voluntária dos participantes):

13/05, às 14h
“História do processo em placa úmida de colódio e suas aplicações contemporâneas”, com Laura Del Rey e Bruna Queiroga.
{ Haverá demonstração do processo ao final da palestra }

27/05, às 14h
“Equipando-se: construindo soluções para a fotografia em placa úmida”, com Roger Sassaki.
O resgate de uma técnica tão antiga traz dificuldades na escassez dos equipamentos e mobiliários especializados utilizados no passado. Em paralelo à pesquisa da linguagem, existe uma outra de adaptações e construções de soluções de equipamentos substitutos. Nesta palestra serão apresentados os equipamentos usados para a produção das obras expostas.
{ Haverá demonstração do processo ao final da palestra }

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Exposição explora técnica fotográfica do século XIX

Será aberta ao público no dia 06 de maio a exposição ‘Sorte Revelada – Fotografias em Placa Úmida de Colódio’, na histórica Casa Ranzini, no bairro da Liberdade. Realizada pelo grupo Imagineiro, a mostra é composta por trabalhos inéditos e celebra, pelo terceiro ano consecutivo, o Dia Mundial da Placa Úmida (World Wet Plate Day).

Para a edição deste ano, os artistas Bruna Queiroga, Laura Del Rey, Lucio Libanori, Manuel Gomes, Maria Clara Scobar, Maurício Sapata, Mauricio Virgulino Silva, Plinio Higuti, Roger Sassaki, Simone Wicca e Tiana Chinelli produziram belos e criativos ambrótipos (fotografias em placa de vidro) e ferrótipos (fotografias em placa de metal), tendo como tema as mensagens trazidas por biscoitos da sorte japoneses – que, além de seu teor de sabedoria, profecias e números da sorte, conferem também um valor lúdico à proposta. A pesquisadora e curadora Lila Foster escreveu o texto que acompanha a exposição.

Com entrada gratuita, o público terá a chance de ver de perto os trabalhos inéditos desses 11 fotógrafos brasileiros, em variados tamanhos e com suportes criativos. Haverá também uma série de atividades integradas, como demonstrações do processo, sessões de retratos individuais ou em grupo, palestras e a exposição de câmeras de grande formato.

www.imagineiro.com.br/sorterevelada

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Sobre a técnica da placa úmida de colódio

No Brasil, ainda é uma técnica pouco difundida, mas já muito apreciada por ter uma proposta oposta ao imediatismo que vivenciamos diariamente. De altíssimo valor histórico para compreender a técnica fotográfica, a ambrotipia tem seu nome originário do grego, ambrotos, que significa imortal. Foi muito utilizada principalmente em retratos de estúdio, pois todo o aparato era difícil de ser carregado.

Inventados pelo inglês Frederick Scott Archer em 1851, e aperfeiçoados pelo americano James Anson Ambrose Cutting, em 1854, os ambrótipos só foram substituídos por volta de 1880, quando surgiram as placas de gelatina de prata e depois os filmes fotográficos.

Esta técnica é feita a partir da aplicação de um colódio em placas de vidro (ambrótipos) ou metal (ferrótipos). Após mergulhada na prata, a placa deve ser exposta à luz logo em seguida, para que o colódio não seque. Captada a imagem, a placa vai para a revelação, fixação e depois o verniz é aplicado para que a imagem não seja corroída pela ação do tempo.
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Sobre o Imagineiro

Imagineiro é um coletivo de fotógrafos que incentiva a difusão da linguagem e técnica fotográfica. Sob coordenação de Roger H. Sassaki, desenvolve pesquisas em técnicas históricas como Calotipia, Placa Úmida de Colódio, Cianotipia, Papel Salgado e Pinhole. A base de trabalho está localizada na Casa Ranzini, espaço cultural que promove e apoia a iniciativa. // www.imagineiro.com.br + www.facebook.com/Imagineiro

Sobre a Casa Ranzini

A Casa Ranzini é uma associação sem fins lucrativos, com a missão de preservar, estudar e divulgar o patrimônio histórico, artístico e arquitetônico da cidade de São Paulo, estimulando a vivência, reflexão e experimentação no campo das artes e história e contribuindo para ampliar o acesso às manifestações culturais e para a formação da cidadania no contexto brasileiro. // casaranzini.blogspot.com.br

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Sobre os autores e as obras

Bruna Queiroga
Pesquisa fotografia e comunicação, e processos fotográficos alternativos. Teve trabalhos expostos na Colômbia e no Brasil (ECA, Casa Ranzini, Galeria Virgílio). Integrou júri de concurso fotográfico. Produziu exposição. Doutoranda em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA/USP. Integrante do Núcleo de Estudos Filosóficos da Comunicação (FiloCom).

Obra: ‘Luas estereoscópicas’, 2017 – ambrótipo: vidro e colódio úmido, em estereoscópio.

Laura Del Rey
Formada em Cinema, atua como fotógrafa, escritora e designer. Teve trabalhos expostos no Brasil (Galeria Vermelho, Ímã Galeria, Hotel Hilton, Casa Ranzini, Campo Expandido – Londrina, Emissário de Santos etc) e no exterior (Tunísia, Portugal, França, EUA e Guatemala). Fez o projeto gráfico e retratos de diversos discos e peças de teatro e ministrou cursos de fotografia e processos criativos no Senac, Doravante e Guaja Coworking. Em 2015, editou e imprimiu seu primeiro livro, “Hart”, em parceria com Alziro Barbosa, eleito por Colin Pantall e Josef Chladek entre os melhores fotolivros de 2015. Em 2017, publicou “Sobre Ser Uma Linha”, em parceria com Gui Athayde. Atualmente, é co-curadora do CineFest Gato Preto, colabora com especiais e entrevistas para a revista OLD e cursa pós graduação em formação de escritores no Instituto Vera Cruz.

Obra: Um Pouco d’´Agua no Quintal, 2017. Dupla de ambrótipos 8×10″, compondo recortes de um banquete imaginário.

Lucio Libanori
É paulistano e trabalha com impressão de obras visuais. Seu interesse pela fotografia surgiu da necessidade de entender o trabalho de seus clientes, principalmente daqueles que usam câmeras de grande formato e o processamento analógico no fluxo de produção de suas imagens. O interesse pelos processos históricos de fotografia nasceu ao conhecer, por intermédio da artista Carolina Mitsuka, o trabalho de Roger H. Sassaki.

Obra: Antolho, 2017. Ambrótipo.

Manuel Gomes
É fotógrafo e entusiasta de processos fotográficos do século XIX. Experimentou nos últimos 3 anos diversos métodos, especialmente ambrotipia, daguerreotipia, fotogravura e técnicas de cópia por contato, como cianotipia, goma bicromatada, Van Dyke, entre outros.

Obra: Espelhos, 2017. Ambrótipos.

Maria Clara Scobar
Maria Clara Scobar é estudante de Bacharelado em Fotografia e se dedica aos estudos de processos históricos fotográficos como goma bicromatada, dusting on, ambrotipia, cianotipia, entre outros, e à fotografia analógica como prática de resistência.

Obra: Concepção, 2017. Substantivo feminino em placa úmida de colódio.

Maurício Sapata
É fotógrafo e integrante da equipe de educadores do Cidade Invertida. Faz pesquisas em processos históricos como cianótipo e papel salgado, atua na preservação e no resgate cultural de outros processos fotográficos como o lambe-lambe e a colorização manual de imagens.

Obra: Número, 2017. Ambrótipo colorido manualmente.

Maurício Virgulino
Fotógrafo, arte/educador e educomunicador. Envolvido com o entendimento da fotografia como base para processos educativos. É integrante do coletivo Pinrolê, associado da Fototech e Clube do Analógico. Já ministrou cursos e oficinas de fotografia analógica, digital e alternativa em diversas instituições como MIS, Sesc, CCJ e Fábricas de Cultura. É doutorando em Artes Visuais pela ECA-USP. Reside e trabalha em São Paulo.

Obras: Complement/olh/ar, 2017. Três placas de ambrótipo 2×3″, sobrepostas e distanciadas entre si, compondo uma imagem única se olhada frontalmente.

Plínio Higuti
Soul Skater e image maker autodidata. Nos 90’s trabalhou em revistas de skate, onde teve o primeiro contato com a fotografia. Em 2000, dirigiu o Programa de TV “Skateboard System”, iniciando a paixão por imagens em movimento. É sócio da Lado B Filmes, onde produziu documentários e videoclipes. Atualmente está fotografando o programa do Canal OFF “Skate sem Fronteiras”. Na maior parte do seu tempo livre, estuda ótica de lentes e está interessado na técnica de colagem, escolhendo o colódio como uma das formas de finalização do processo de criação.

Obra: Nasdrovia, 2017. Colagem finalizada em vidro e colódio.

Roger H. Sassaki
O fotógrafo paulistano atua no jornalismo documental e de espetáculos musicais desde 2000. Lecionou diversos cursos pelo Senac-SP e recentemente seu trabalho autoral o levou a retomar processos fotográficos históricos. Explorador visual, trabalha em estúdio e dá voltas pela cidade registrando-a em calótipos e ambrótipos.

Obra: Potencialidades, 2017. Ambrótipos.

Simone Wicca
Pesquisa e ensina fotografia e os processos históricos há 17 anos. De 2004 a 2010 formatou e orientou os cursos de fotografia no Sesc Pompéia além de organizar a programação fotográfica (‘FotoAtiva Pará: Cartografias Contemporâneas’, ‘Relatos de Trajetória’, ‘Entre_Vistas Brasileiras’, entre outras) nas Oficinas de Criatividade. Em 2014 criou o LABici, laboratório sobre uma bicicleta para revelação de fotografias pinhole ao ar livre (parceria com Guilherme Maranhão e Roger Sassaki). Em 2015 elaborou o projeto ‘Observatório’, no Sesc Ipiranga, onde um container foi transformado numa grande câmera fotográfica com um laboratório PB em seu interior no qual aconteceram diversas oficinas de fotografia. Mestranda em poéticas visuais pela Unicamp, atualmente desenvolve pesquisa de processos fotográficos com pigmentos de plantas (Anthotype). Reside e trabalha em São Paulo.

Obra: Materia Prima, 2017 – Fotograma em ferrótipo e suas matérias primas. Trabalho apresenta a maleta de pesquisas de materiais e procedimentos necessários para realização de desenhos fotogênicos feitos em placa úmida de colódio sobre lâmina de alumínio. Sais, herbário (exsicata), diluentes, lente e luz – aquilo de que as coisas são feitas.

Tiana Chinelli
Fotógrafa e jornalista soteropolitana radicada em São Paulo. Iniciou carreira no jornalismo esportivo, trabalhou para jornais e revistas, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e já foi até paparazzo. Atua como freelancer na cobertura de eventos corporativos e, em paralelo, desenvolve projetos e pesquisas em técnicas históricas de fotografia.

Obras: ‘Orroia’, 2017. Ambrótipo.

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