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Fazendo o verniz para ambrótipos, ferrótipos e negativos de vidro – Parte 2
Continuando o procedimento do post anterior Fazendo o verniz para ambrótipos, ferrótipos e negativos de vidro – Parte 1, “visitei” minha goma+álcool nos dois dias seguintes. Agitei a garrafa esporadicamente ao longo dos dias e pude observar a diluição lenta mas contínua da goma. Ao final do segundo dia, já estava praticamente tudo diluído e muita sujeira estava no fundo da garrafa.
Como tivemos cursos no laboratório neste meio tempo, só após mais alguns dias eu consegui finalmente tempo para filtrar a mistura e continuar a receita.
A filtragem é extremamente necessária para retirar a sujeira orgânica da solução. Eu lí que a filtragem pode ser feita com filtro de café. Mas como eu recentemente comprei alguns filtros de laboratório, resolvi arriscar usá-los e ter uma filtragem mais fina. O medo era o filtro entupir e a goma começar a secar.
Agora um aviso: Se prepare para fazer uma certa sujeira, principalmente se como eu, derrubar um tanto da solução na pia! O verniz endurece em contato com a água (como eu vim a aprender) então tenha certeza de que todos os frascos e objetos estejam bem secos.
A solução passou sem muitos problemas pelo filtro, porém tive que trocá-lo duas vezes para passar tudo sem demorar muito. Os filtros ficaram bem sujos! A solução filtrada ficou bem límpida e amarelada.
Separei-a em dois frasco iguais de cerca de 250ml já que o volume total dos 470ml de álcool mais a goma dá aproximadamente 500ml. Em um dos frascos, eu adicionei metade da quantidade pedida de Óleo de Lavanda. O outro frasco eu deixei sem o óleo. Fiz assim pois como não sabia se iria dar certo, achei melhor testar o verniz antes de misturar tudo.
Depois de toda essa filtragem e troca de frascos, ficou tudo com uma camada meio esbranquiçada de verniz seco nas coisas. Nem tente lavar com sabão de primeira que só piora (eu fiz isso). O melhor é tentar limpar o máximo que der com uma toalha de papel embebida de álcool de cereal. Depois que tiver tirado o máximo, lave com esponja, água e sabão.
E já que eu acabei tudo, por que não testar? O procedimento de envernizar uma placa é muito semelhante do de espalhar o colódio. Vou aproveitar o vídeo que o Quinn Jacobson fez do procedimento para vocês verem como é feito.
É importante ter um frasco de “coleta” para pegar o excesso de verniz que foi aplicado na placa de vidro. A idéia de não voltar para o mesmo frasco é de evitar a contaminação por sujeira. O frasco de coleta depois é deixado quieto num canto até a sujeira decantar e o verniz ser transferido para o frasco limpo sem a sujeira que ficar no fundo. Não sei ainda se é possível também filtrar a solução.
A placa depois de envernizada fica com um aspecto brilhante, difícil de mostrar em foto, mas lá vai:
Tendo feito isso, acabamos de desenvolver os passos mínimos para uma fotografia em placa úmida de colódio básica. O que nos deixa muito contentes!
Montei uma “ceninha” rápida de algumas coisa que fizemos (esq. para dir.):
– lamparina de álcool
– imagem positiva de colódio sobre vidro (ambrótipo). Eu , em foto de Fernando Fortes
– verniz de goma sandáraca
– colódio salgado feito a partir de colódio puro produzido por nós
– ao fundo, estante-secadora para as placas de vidro
Agora é só continuar a pesquisa e fotografar bastante!
Abs,
Roger Sassaki
Comentários
4 respostas para “Fazendo o verniz para ambrótipos, ferrótipos e negativos de vidro – Parte 2”
Roger, usa um frasco de Büchner e uma bombinha manual para acelerar essas filtragens. Abração.
Poisé!
Sabe que to vendo isso. Preciso fazer um filtro a vácuo com uma “terra”. Filtro celite?Obrigado!
Roger,
Onde eu acho este óleo de lavanda?
Ele é usado para dar flexibilidade ao verniz?Olá Robson,
Óleo essencial de lavanda dá encontrar em lojas de essências. Tem algumas na região da rua Silveira Martins, perto da praça da Sé em SP. Em geral são vidrinhos de 10ml para terapia.
Se você não precisar de toda a embalagem chique, dá pra comprar por um preço melhor e sem frescura no site: http://www.engenhariadasessencias.com.brAbraços,
Roger
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